sábado, 14 de março de 2009

Cobras e serpentes


As cobras são animais de sangue frio, mas necessitam do sol para se aquecerem, por essa razão gostam de ficar em campos abertos e pequenos bosques. Elas não tem ouvidos e enxergam pouco. Tem a língua estreita e flexível, semelhante a uma fita, com extremidade bífida, que serve para captar “cheiros” diversos. Uma Jibóia, por exemplo, consegue viver em média, uns 25 anos. Para se criar uma cobra é imprescindível ter autorização do Ibama. Considera-se crime se a origem do animal não puder ser comprovada, sobretudo se for um animal adquirido de traficantes ou contrabandistas, em estradas, depósitos, feiras livres, através de encomendas ou similares. A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 5197/67, Lei 9605/98 e Decreto 3179/99) considera crime contra a fauna a manutenção de animais silvestres em cativeiro sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. No caso específico de fauna silvestre entende-se como autoridade competente o IBAMA. Se o animal for adquirido legalmente, ou seja, de criadouro comercial ou comerciante devidamente registrado no IBAMA não é crime.
É comum ver as cobras como inimigas pessoais do ser humano, o que leva a uma matança indiscriminada. No entanto, ao fazer isso, o homem contribui para alterar o elo na cadeia ecológica, o que, aos poucos, causa a extinção das espécies. As cobras não têm por hábito atacar seres humanos. Apesar de existirem espécies particularmente agressivas, elas só atacarão caso se sintam assustadas, molestadas ou com o território invadido, caso contrário, geralmente, preferirão evitar o contato.

Hábitos alimentares:
Logo após se alimentarem, as serpentes ficam entorpecidas, enquanto acontece o processo da digestão, que é bastante intenso. Principalmente depois de ingerir grandes presas. Por causa disso, se for perturbada, depois de se alimentar, a cobra irá, provavelmente, vomitar a presa para conseguir fugir. Caso não haja pertubações, o processo digestivo é altamente eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo.


Como bichinho de estimação:
No entanto, para quem decidi ter uma cobra como bicho de estimação é bom ter em mente que elas não são parecidas com gatos ou cachorros. Não será possível passear com ela usando uma coleira, por exemplo. Onde acomodá-las também é uma questão a ser pensada. Elas necessitam de um terrário com forração orgânica seca ou carpete específico para répteis. Estabeleça um canto no ambiente dela, onde elas possam cavar até uma profundidade equivalente à altura do seu corpo, pois ela gostam de se enterrarem.
Coloque no terrário troncos naturais ou artificiais, plantas naturais, rochas e tocas promovendo maior conforto para o animal. Sempre depois de manusear seu animal, recomenda-se que lave as mãos utilizando desinfetante.
Há cuidados necessários, como a luz e o aquecimento para o animal. Elas precisam de lâmpadas UVA e UVB's específicas para répteis para se aquecerem, mas é preciso tomar cuidado com o excesso, pois o superaquecimento poderá causar queimaduras na pele do animal. Em cativeiro as serpentes se alimentam de mamíferos, como hamsters, porquinhos da índia e camundongos. A constância na alimentação vai variando de acordo com alguns fatores. Se forem bem alimentadas não atacaram os seus donos e se deixarão manipular por eles. Entretanto não é um animal que possa ser domesticado. Não são animais que desenvolvem amor por seus donos, apenas passam a respeitá-los caso sejam bem tratados.
Deve ser mantida água fresca e limpa para que elas bebam e até mesmo se banhem. As Jibóias, por exemplo, gostam de banhar-se, por isso é importante manter um recipiente de água que caiba o seu corpo. A saúde do seu animal está diretamente relacionada a acomodação, manejo, limpeza, higiene e alimentação adequada. Uma cobra estressada não se alimentará bem e se tornará mais arisca.

Você sabe qual a diferença entre cobra venenosa e peçonhenta:
A saliva das serpentes é prejudicial ao ser humano, pois é adaptada para dissolver proteína (carne, por exemplo). Ou seja, na verdade todas as cobras são venenosas. Há cobras que tem um veneno mais potente, enquanto outras têm um veneno mais fraco.
As cobras peçonhentas tem os dentes caninos como se fosse uma agulha de siringa (com um furo) para que ao morder a vítima o veneno seja injetado. Esses dentes são chamados de peçonhas. Ou seja, as sepentes que possuem dentes inoculadores são chamados de peçonhentos e os que não possuem este tipo de dente, são conhecidos por não peçonhentos. Mas mesmo as cobras que não têm peçonhas, se vier a morder alguém pode causar transtornos. Caso o local da mordida não tenha atendimento adequado pode vir a desenvolver grave infecção.

Se for picado:
Caso você seja picado por uma serpente, imobilize o membro atingido e coloque-o em uma posição elevada. Não chupe o local, como diz a crença popular, não faça garrote, não esprema o local, não faça cortes ou torniquetes. Quanto antes o indivíduo for medicado, mas chances de sobrevivência ele terá, caso tenha sido picado por um animal venenoso e peçonhento. O soro antiveneno é o único tratamento eficaz.
Criadouro para extração de veneno:
Montar um criadouro para a extração de veneno não é barato e nem simples. Aqueles que se interessam pelo assunto, são motivados principalmente pelo alto preço que o veneno tem no mercado (de US$ 300 a US$ 1500 o grama dependendo da espécie), no entanto poucas tem noção da realidade.O investimento inicial para a implantação do empreendimento pode chegar a R$ 500 mil. Será necessário providenciar a infraestrutura adequada, licenças, documentação e matrizes. Segundo alguns criadores, o retorno financeiro, quando alcançado, só aparece depois de 3 a 5 anos de trabalho. Em pleno funcionamento, com um plantel de 5 mil serpentes, um criadouro pode produzir, aproximadamente, de 1 a 1,5 kg de veneno seco por ano.
(informações da Universidade de São Paulo).

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